ATA DA VIGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 14-4-2005.

 

 


Aos quatorze dias do mês de abril de dois mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro e Raul Carrion. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Ervino Besson, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Paulo Odone, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Vigésima Primeira e Vigésima Segunda Sessões Ordinárias, que deixaram de ser votadas, em face da inexistência de quórum deliberativo. À MESA, foram encaminhados: Pelo Vereador Alceu Brasinha, os Pedidos de Providências nos 741, 742 e 743/05 (Processos nos 2424, 2426 e 2428/05, respectivamente); pelo Vereador Aldacir Oliboni, a Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 02 do Projeto de Lei do Legislativo nº 084/03 (Processo nº 1937/03); pelo Vereador Ervino Besson, o Pedido de Providências nº 706/05 (Processo nº 2355/05); pelo Vereador Paulo Odone, Substitutivo nº 02 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 084/03 (Processo nº 1937/03); pela Vereadora Manuela d'Ávila, o Pedido de Providências nº 746/05 (Processo nº 2431/05) e o Pedido de Informações nº 095/05 (Processo nº 2415/05); pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providências nos 656 e 657/05 (Processos nos 2282 e 2283/05, respectivamente), o Projeto de Resolução nº 085/05 (Processo nº 2447/05) e, juntamente com os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni e Carlos Todeschini, o Pedido de Informações nº 091/05 (Processo nº 2397/05); pelo Vereador Maurício Dziedricki, os Pedidos de Providências nos 729, 730, 731 e 732/05 (Processos nos 2392, 2393, 2394 e 2395/05, respectivamente) e o Pedido de Informações nº 094/05 (Processo nº 2413/05). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 060, 061, 062, 063, 066 e 067/05, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 007/05, da Vereadora Dalva Aparecida Rolim, Presidenta da Câmara Municipal de Inhacorá – RS; 008/05, do Vereador Nelson Rogério Dapper, Presidente da Câmara Municipal de Tio Hugo – RS. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Marcelino Pogozelski, Presidente do Sindicato dos Agentes de Fiscalização de Trânsito do Município de Porto Alegre – SINTRAN, que manifestou seu descontentamento em relação à falta de um projeto consistente, por parte do novo Governo Municipal, no que se refere à prevenção de acidentes de trânsito. Nesse sentido, analisando dados a respeito do assunto, apontou a falta de equipamentos e de pessoal como principais dificuldades enfrentadas pela categoria profissional dos Agentes de Fiscalização de Trânsito para a execução de seu trabalho. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Claudio Sebenelo, Adeli Sell, João Antonio Dib, Raul Carrion, Mario Fraga, Clênia Maranhão, Elias Vidal e Ibsen Pinheiro manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e trinta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença de alunos e das Professoras Ivone, Denise e Patrícia, da Escola Estadual Gomes Carneiro, que comparecem à Câmara Municipal de Porto Alegre para participar do Projeto de Educação Política desenvolvido pelo Memorial desta Casa. Na ocasião, o Vereador Ervino Besson registrou que a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos realizará, neste Legislativo, do dia dezoito ao dia vinte de abril do corrente, a Semana de Conscientização dos Direitos do Índio em Porto Alegre. Após, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Nereu D'Avila, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão, e iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a homenagear o transcurso do quinto aniversário do jornal Diário Gaúcho, nos termos do Requerimento nº 019/05 (Processo nº 0625/05), de autoria do Vereador Nereu D'Avila. Compuseram a Mesa: O Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; O Senhor Luiz Fernando Aquino, Editor Adjunto do jornal Diário Gaúcho; O Vereador Nereu D'Avila, 1º Secretário deste Legislativo. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Nereu D'Avila, como proponente da presente homenagem, lembrou o êxito do lançamento, no dia dezessete de abril de dois mil, do jornal Diário Gaúcho, saudando o transcurso do aniversário desse veículo de comunicação e destacando a iniciativa da Rede Brasil Sul de Comunicação de propiciar às camadas mais populares da sociedade a leitura de um jornal diário com notícias que contemplassem suas expectativas de informação. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Ibsen Pinheiro parabenizou o jornal Diário Gaúcho pelo seu aniversário, realçando que esse periódico atinge um segmento da sociedade gaúcha até então não ocupado por outro jornal. Ainda, salientou que o público-alvo dessa publicação foi conquistado dentre o segmento da população que anteriormente não tinha o hábito de ler jornal e elogiou o fato de o Diário Gaúcho manter uma linha popular sem afetar a ética na abordagem das notícias. O Vereador Luiz Braz, lembrando a época em trabalhou como locutor de rádios populares, mencionou que o Diário Gaúcho tem como característica principal a capacidade de atingir segmentos da comunidade que normalmente não são leitores de jornal. Sobre o tema, enfatizou a importância da disseminação do hábito da leitura nas pessoas, afirmando que as diretrizes seguidas pelo Diário Gaúcho fazem com que o jornalismo do Rio Grande do Sul se destaque em relação ao de outros Estados. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Elias Vidal chamou a atenção para o respeito com que o Diário Gaúcho trata seus leitores e frisou que esse veículo de comunicação conta com muita sensibilidade e visibilidade na sua linha editorial. Ainda, ressaltou que no Estado esse jornal é único no seu segmento, retratando fatos do cotidiano com uma linguagem simples e popular e prestando muitos serviços de utilidade pública, principalmente para os moradores de Porto Alegre. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Maria Celeste pronunciou-se sobre a justeza da homenagem hoje prestada ao jornal Diário Gaúcho, sustentando que esse periódico traduz o cotidiano da Cidade, com um discurso adaptado às condições culturais das classes populares. Também, exaltou a dedicação do Diário Gaúcho à questão das crianças desaparecidas no Estado, alegando que muitos desses casos foram resolvidos, graças à atuação do jornal. O Vereador Mario Fraga saudou a direção e os funcionários do jornal Diário Gaúcho, destacando que, diferentemente do verificado com a maior parte da imprensa brasileira, esse informativo alcançou grande aceitação junto às camadas mais carentes da comunidade. Ainda, lembrou matérias divulgadas por esse jornal, relativas a eventos ocorridos em zonas periféricas da Cidade, mencionando a divulgação dos resultados do Campeonato de Futebol do Canto da Ronda, do Bairro Restinga. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Valdir Caetano enalteceu o trabalho realizado pela equipe de profissionais que integram o jornal Diário Gaúcho, discorrendo sobre a importância do acesso da comunidade a um noticiário responsável, objetivo e sucinto e afirmando serem tais conceitos características desse jornal. Finalizando, formulou votos pelo crescimento e pela permanência desse órgão da imprensa, tendo em vista sua repercussão junto à sociedade porto-alegrense. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Luiz Fernando Aquino, que destacou a importância da homenagem hoje prestada por este Legislativo ao transcurso do quinto aniversário do jornal Diário Gaúcho. Às quinze horas e trinta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e trinta e dois minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador João Antonio Dib abordou Indicação que pretende encaminhar ao Presidente da República, juntamente com os Vereadores João Carlos Nedel, Maristela Meneghetti e Mônica Leal, em defesa de uma efetiva participação dos servidores da Secretaria da Receita Federal no processo que elaborará a nova estrutura da administração tributária no País, a ser implantada caso se concretize a fusão das Secretarias da Receita Federal e da Receita da Previdência. Na ocasião, foi apregoado o Ofício nº 164/05 (Processo nº 2526/05), do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, informando que se ausentará do Município do dia quatorze ao dia dezoito de abril do corrente, quando participará de Reunião da Frente Nacional de Prefeitos, a ser realizada em Salvador – BA, e da cerimônia de assinatura do Termo de Adesão do Município com a Secretaria-Geral da Presidência da República, para implantação do Programa Pró-Jovem, a ser realizada em Brasília – DF. Também, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora Margarete Moraes, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Gerson Almeida, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos. Após, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora Maristela Maffei, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Mauro Pinheiro, após a entrega de seu Diploma e Declaração de Bens, bem como a prestação do compromisso legal e indicação do Nome Parlamentar, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça. Na ocasião, foram apregoadas Declarações firmadas pelos Suplentes Marcelo Danéris e Guilherme Barbosa, informando seus impedimentos em assumir a vereança no dia de hoje, em substituição às Vereadoras Margarete Moraes e Maristela Maffei. Em prosseguimento, nos termos do § 8º do artigo 12 do Regimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador Mauro Pinheiro, que registrou sua satisfação em assumir pela primeira vez como Vereador de Porto Alegre, agradecendo os votos recebidos nas últimas eleições municipais, especialmente o apoio dos pequenos empresários da Cidade. Nesse sentido, discorreu a respeito de suas atividades como Presidente da Associação dos Minimercados de Porto Alegre – AMMPA, alegando que irá lutar para defender os interesses dessa categoria profissional. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Márcio Bins Ely manifestou-se quanto ao atendimento médico oferecido pelo Hospital Parque Belém, localizado na Zona Sul da Cidade, apoiando proposta debatida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Casa, de criação de um Pronto Socorro junto às instalações dessa entidade. Nesse sentido, citou dados relativos à estrutura desse Hospital em termos de recursos humanos e materiais, enaltecendo a qualidade dos serviços ali oferecidos à população. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Raul Carrion saudou o transcurso dos oitenta anos do movimento conhecido como Coluna Prestes e comentou matéria publicada hoje no jornal Correio do Povo, intitulada “Senadores do RS cogitam aliança”, acerca das eleições presidenciais de dois mil e seis. Também, relatou problemas de saneamento no Bairro Mário Quintana, solicitando providências do Governo Municipal para a adequada manutenção do sistema de esgotos daquela região. Às dezesseis horas e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às dezoito horas e cinqüenta e oito minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib questionou a interrupção dos trabalhos da presente Sessão para discussão de parecer de Comissões Conjuntas, acerca da liberação de recursos para a Secretaria da Juventude, afirmando que essa matéria poderia ter sido resolvida adequadamente nas Comissões Permanentes da Casa. Nesse contexto, alegou que esta Câmara deveria agilizar os trabalhos e dispensar maior atenção à fiscalização das leis existentes. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Kevin Krieger, Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana, e do Vereador Ricardo Maciel, do Partido Trabalhista Brasileiro, do Município de Canoas – RS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos Todeschini repudiou as críticas feitas ao Partido dos Trabalhadores pelo Senhor Paulo Afonso Feijó, Presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul, em almoço realizado com a presença do Senhor Prefeito Municipal. Ainda, referiu-se ao desenvolvimento do Programa Socioambiental de Porto Alegre, argumentando que sua implementação está sendo prejudicada devido à postura de seu novo Coordenador. Em prosseguimento, o Vereador Mario Fraga formulou Requerimento verbal, solicitando a verificação de quórum, tendo o Senhor Presidente informado que a mesma seria realizada após os pronunciamentos dos Vereadores inscritos em Comunicação de Líder. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen noticiou a entrega, pela Cooperativa Habitacional Geraldo Santana, de vinte e quatro novas moradias, enaltecendo os esforços desta entidade no combate ao déficit habitacional de Porto Alegre e destacando o trabalho de sua Diretoria. Ainda, expressou sua admiração pelo cooperativismo como política de inclusão social e defendeu os Projetos que tramitam nesta Casa, em relação ao assunto. A Vereadora Manuela d'Ávila referiu-se às negociações que estão sendo realizadas entre comerciantes, moradores e órgãos públicos para buscar uma solução para os problemas existentes no Bairro Cidade Baixa, informando que haverá um seminário sobre o assunto, no dia vinte e nove do corrente, nesta Casa. Também, discursou acerca das ações do Governo Municipal em prol da juventude, reafirmando sua intenção em contribuir para que essas políticas sejam bem sucedidas em Porto Alegre. Às dezenove horas e vinte e quatro minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Elói Guimarães e secretariados pelo Vereador Nereu D'Avila. Do que eu, Nereu D'Avila, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. Marcelino Pogozelski, Presidente do Sindicato dos Agentes de Fiscalização de Trânsito do Município de Porto Alegre - Sintran -, está com a palavra para tratar de assunto relativo ao Programa de Prevenção de Acidentes de Trânsito, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. MARCELINO POGOZELSKI: Boa-tarde, Presidente; boa-tarde, Vereadores, nós vimos novamente a esta Casa relatar acerca dos três meses deste Governo. A categoria da fiscalização está descontente porque não consegue ter um projeto consistente na nova Administração.

Vemos pontos fundamentais: o nosso efetivo é muito baixo, não temos condições para dar segurança aos pedestres, aos estudantes; não existe um projeto consistente mediante o qual possamos fiscalizar, orientar e educar; precisamos ter um projeto em que a sociedade lembre que a fiscalização está presente para fazer a sua parte em prevenção de acidentes.

Obras que estão sendo feitas hoje, como a obra do Triângulo, estão tendo resultado ineficiente. A atual Administração deixou muito a desejar até o momento. É claro que tiveram apenas três meses para saber como funciona a EPTC, mas ela não deu o suporte necessário para a fiscalização. No princípio, a gente pensou que podia ter um retorno rápido, mas temos falta de material, principalmente de baterias; o nosso sistema de comunicação está muito precário, e nós não estamos conseguindo atender aos pontos de risco.

Outra questão importante é o aumento de atropelamentos nos cruzamentos. Em janeiro, entregamos dezesseis pautas para a EPTC. Não solicitamos aumento de salário, não solicitamos nenhuma condição a mais para a fiscalização; solicitamos equipamentos e material humano para fazermos a prevenção de acidentes, e isso não aconteceu. Estamos esperando do novo Governo uma resposta. As faixas de pedestres para os estudantes nas periferias não estão pintadas ainda, e ali há uma insegurança constante. Nós temos duas ruas de risco para os estudantes: a Av. Bernardino Silveira Amorim e a Rua Cel. Francisco Bitencourt, que não têm segurança no acostamento. Existem vários problemas no bairro Sarandi, como o lixo acumulado no meio-fio, e lá estamos praticamente sem atuação. Mas, como se diz, nós temos que ter resultados.

A nossa preocupação em vir a esta Casa é no sentido de solicitar aos Vereadores que aprovem o Projeto de Lei sobre a regulamentação dos motobóis - uma das nossas preocupações é essa. Nós estamos solicitando que a Mesa, sob a presidência do Ver. Elói Guimarães, faça uma audiência pública e convoque a DRT, o Ministério Público, o Detran, o Sindicato dos Motoqueiros para que debatam o problema do aumento dos acidentes com motoqueiros.

Nós fizemos uma análise a respeito das mortes nos quatro últimos anos em Porto Alegre. O total de gastos hoje, de 2001 a 2004, foi de praticamente 125 milhões de reais, que foram gastos com acidentes e vítimas fatais - esses dados são do SUS. O Governo Federal manda para a Capital praticamente 372 milhões de reais. Resultou desses acidentes, uma média, nesses quatro anos, de 158 vítimas e 7.300 feridos. Em relação às mortes, atingimos praticamente uma média de 36% nesta Capital e não conseguimos reduzir isso. Só com feridos e com vítimas fatais de acidentes de motociclistas nós gastamos 2 milhões de reais; com atropelamentos, 2 milhões e 300 mil reais; com as vítimas fatais, 4 milhões e 800 mil reais. Se conseguíssemos reduzir os acidentes e pensar na segurança do trânsito para todos, economizaríamos, só em Saúde, praticamente 60 milhões de reais para a Capital.

Hoje não há projeto. Tem de haver um projeto, tem de haver a fiscalização do trânsito. Nós já estamos falando isso há muitos anos aqui nesta Casa. A nova Direção que entrou tem apoio; são profissionais técnicos, mas até agora não conseguiram colocar o seu projeto. E ainda, em contrapartida, quando há um acidente, a Brigada Militar é deslocada para atender às vítimas; assim, dois soldados da Brigada ficam na delegacia de delitos durante quatro horas, em vez de fazerem segurança pública. Nós temos vários inconvenientes.

Fizemos uma distribuição média das mortes em Porto Alegre de 2001 a 2004. (Mostra gráfico.) Praticamente 49% são outros acidentes; mortes por atropelamento representam 32%; 19% são mortes com acidentes de motociclistas.

O Sindicato vai entregar para o Presidente Elói Guimarães uma minuta de um Projeto de Lei, com várias exposições do Ver. Adeli Sell. A lei dos motociclistas já foi regulamentada em Goiânia e aqui na Capital ainda não foi regulamentada. Em Caxias do Sul já estão fazendo a minuta para a Câmara, para a questão da responsabilização sobre os acidentes. Então, acho que esta Casa está atrasada com relação a esse Projeto de Lei, temos que dar um regramento para esses profissionais, porque os empregadores e os empregados têm de ter a responsabilidade desses acidentes, não dá mais para nós - Prefeitura, EPTC - assumirmos a responsabilidade total se eles não têm os equipamentos necessários. Somente cursos de defesa não resolverão o problema.

Outra questão que a gente vem levantar nesta Casa é sobre a lei e a minuta que estão sendo elaboradas com relação às carroças em Porto Alegre. Na Cidade, as carroças cadastradas na EPTC estão em torno de quatro mil; mas há mais mil para cadastrar, em função do aumento no número de carroças. Caxias do Sul já fez a lei das carroças, regulamentou a lei - a distribuição da circulação na via. E aqui em Porto Alegre isso não foi feito ainda. Acho que temos que discutir esses Projetos para que sejam encaminhados nesta Casa. A EPTC não tem condições, em relação à fiscalização, para fazer o trabalho de recolhimento. Temos um caminhão, que vem da Zona Sul, e quatro pontos de Porto Alegre para fazer essa fiscalização; não há maneira de se fazer essa fiscalização! Hoje as carroças praticamente tomaram conta de Porto Alegre. A minuta do Ver. Sebastião Melo é boa, mas em oito anos não há como se fazer. Daqui a pouco nós teremos que colocar automóveis, motocicletas e ônibus no Detran, porque vão tomar conta de Porto Alegre.

Então essas são questões pontuais que o Sindicato vem colocar para V. Exas. a fim de tentarmos resolver os problemas, porque não podemos mais ter essa ineficiência. A Câmara tem de enviar para o Executivo essas regulamentações, e o Executivo tem de aprová-las. Ocorreram 819 acidentes com os motociclistas, só neste ano; 744 pessoas ficaram feridas; houve oito vítimas. Se empiricamente fizermos um cálculo, até o final do ano teremos trinta vítimas fatais em motos. E, assim, vamos chegar ao percentual da média dos quatro anos, de 150 mortes em Porto Alegre. E o gasto está aí; se pelo menos conseguíssemos diminuir em 50%, já seria melhor. Em 2001, foram 133 vítimas. Por que chegamos a 2004 com 175 mortes?

O Programa da EPTC, que já existe, é bom, foi deixado de lado por questões de gestão. Acho que a nova gestão tem que aprender e aplicar aquele programa que existia no Governo anterior e que ainda não deu resultado nenhum. Nós temos, hoje, na EPTC, uma ineficiência de gestão. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos convidar o Sr. Marcelino Pogozelski, Presidente do Sindicato dos Agentes de Fiscalização de Trânsito no Município de Porto Alegre, a fazer parte da Mesa.

Rapidamente queremos dizer que o Presidente e demais integrantes do Sindicato dos Agentes de Fiscalização de Trânsito do Município estiveram no Gabinete da Presidência trazendo as preocupações e pedindo uma audiência pública.

 

O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, eu queria cumprimentar o Sr. Marcelino Pogozelski pela sua competência de sempre, mas principalmente pela oportunidade de trabalho que se inicia com a nova Administração na cidade de Porto Alegre.

Realmente, dentre esses problemas todos, nós temos uma vergonha nacional que se chama trânsito brasileiro. Um genocídio para o qual deveria haver uma prevenção muito maior, e não há. Quanto mais se fala, mais se educa, mais se pune - inclusive pela lei -, mais aumentam os dados estatísticos que caracterizam, talvez, um erro metodológico. Inclusive no Projeto dos motobóis, a questão da audiência pública é definitiva e corretíssima, dentro do qual queremos nos inserir referindo o aumento dos acidentes de trânsito a partir de 1972, ano em que houve a inclusão das motocicletas no trânsito; a mortalidade estatística foi assustadora a partir de então. Estes dados revelam, talvez, um dos maiores desafios da Saúde Pública, porque, quanto mais se faz propaganda, mais se fabricam motos, há mais motobóis na Cidade, não só para entrega, mas também para mototáxi. Os números estatísticos começam a aumentar cada vez mais, começam a nos assustar, porque o Serviço Público se torna impotente para prover a reversão desses dados, que são, no mínimo, uma vergonha nacional.

Inclusive eu tenho uma audiência hoje com o Secretário da Prefeitura, o Dr. Clóvis Magalhães, e vou incluir esse assunto, para que imediatamente a EPTC passe a ter uma ação mil vezes mais direta e voltada para essa questão, não da estatística, mas para o que está por trás da estatística, uma tragédia contra a vida. Era isso, meus parabéns.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente; meu caro Marcelino Pogozelski, Presidente do Sintran; a Bancada do Partido dos Trabalhadores se solidariza com as suas preocupações. Quanto à questão dos motocondutores, se o Presidente achar conveniente uma audiência pública, vamo-nos juntar a ela, vamos ajudar inclusive, se possível, na sua convocação. O nosso Projeto de Lei é uma colaboração, não é um Projeto fechado, evidentemente. E seria melhor se pudéssemos construir isso numa comissão, num grupo de trabalho interdisciplinar entre o Governo e o Legislativo, o mais rapidamente possível, com amplo consenso. Então, eu apenas aporto o meu Projeto e as questões que nós trabalhamos aqui como uma colaboração entre tantas outras que, sem dúvida nenhuma, devem existir.

Educação para o trânsito: nós queremos pautar, e eu já o quero convidar para, no mês de maio, vir à Comissão de Educação, Cultura e Esporte, porque um dos temas que a nossa Comissão quer tratar é educação para o trânsito. Nós temos de educar o motociclista, o motorista e também o transeunte, porque há um conjunto de transgressões que levam a esses verdadeiros barbarismos como o senhor acabou de apontar. A Bancada do Partido dos Trabalhadores quer estar presente com os seus oito Vereadores nesse processo. No que cabe, em particular, ao meu Projeto sobre os motocondutores, os motobóis, quero estar presente colaborando com aquilo que a gente acumulou com as discussões realizadas até aqui.

Eu quero insistir, Presidente Elói Guimarães: se houver uma audiência pública e uma comissão de trabalho para formatar um Projeto em consonância Legislativo/Executivo, o meu Projeto entra apenas como uma colaboração. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, meu caro Presidente Marcelino Pogozelski, um dos orgulhos que tenho é de ter sido servidor da Secretaria Municipal de Transportes. Quando ela foi criada, em 1956, eu lá estava; sempre detive um alto posto naquela Secretaria e de lá fui Secretário por duas vezes.

Eu tenho ouvido com freqüência V. Sa. nesta tribuna, e parece que o seu discurso não muda, é sempre crítica, crítica, crítica. O bom servidor, no entendimento deste servidor público municipal por vocação, formação e convicção, não só critica, apresenta projetos. Eu gostaria que o Sindicato trouxesse projetos que tivessem sido apresentados, que estão sendo apresentados, a fim de que, com aquele carinho que tenho pelo transporte coletivo, pelo trânsito desta Cidade, eu também possa dar a minha contribuição para uma Cidade mais tranqüila, mais serena, com veículos funcionando normalmente, bem fiscalizados - eu gostaria de ver.

Se nós somente criticarmos, não vamos chegar à solução nenhuma, e críticas, como eu disse, nós temos ouvido bastante, e V. Sª faz as críticas com muita competência, e os seus companheiros de Sindicato também são muito competentes.

Então, eu gostaria, sim, de ver um belo trabalho proposto, um programa, dizendo: “Vamos mudar isso desta e daquela forma”, e pode ter certeza que vai ter o apoio não só deste Vereador, mas de quase todos, ou de todos os Vereadores desta Casa. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar, queremos saudar o Marcelino Pogozelski, do Sintran, que tem vindo seguido aqui, tem contribuído com o trabalho legislativo. A Bancada do PCdoB, composta por este Vereador e pela Verª Manuela, é solidária ao trabalho em prol de uma maior segurança, por maiores condições de trabalho para os “azuizinhos”, como são chamados. Mas eu queria, também, fazer uma referência especial a essa questão dos motocondutores e dos acidentes em geral.

No Brasil - eu tenho dados de 2001 -, ocorreram 307 mil acidentes, dos quais resultaram 20 mil e 39 mortos e 350 mil feridos; e a incidência dessas vítimas fatais, ou com graves seqüelas, dos motoqueiros, como são chamados, é proporcionalmente muitas vezes maior do que a sua proporção no número de veículos.

Em função disso, no Conselho das Cidades, do qual tenho a honra de ser titular, nós apresentamos uma Resolução contra os mototáxis, que é uma nova modalidade que surge, que não tem base legal no Brasil, não há lei federal que os ampare; mas hoje há 20 Projetos no Congresso Nacional, um deles do Presidente da Câmara, Sr. Severino Cavalcanti. Essa Resolução foi aprovada pelo Conselho das Cidades, mas está suspensa devido a uma mobilização e uma pressão que ocorreu naquela ocasião.

Então, eu creio que esse tema realmente merece uma discussão mais ampla, nesse aspecto da Resolução sobre os mototáxis, mas também teríamos que ver a situação dos motobóis e a situação em geral, porque é uma verdadeira carnificina o que está ocorrendo e acarreta grandes custos para o Poder Público também.

Então, parabéns pela sua vinda uma vez mais nesta Casa, pode contar com a Bancada do PCdoB para o encaminhamento dessas reivindicações. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Mario Fraga está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Elói Guimarães; quero saudar o Presidente Marcelino, do Sindicato dos Agentes de Fiscalização. Temos acompanhado o seu trabalho. Nós, da Bancada do PDT, queremos aqui, através dos Vereadores Márcio Bins Ely, Ervino Besson, Nereu D’Avila, da Verª Neuza Canabarro e do nosso Líder, Ver. Dr. Goulart, dar todo o apoio a Vossa Senhoria. Solicitamos também ao Presidente Elói Guimarães essa audiência pública para avaliarmos o Projeto dos motobóis, que é muito importante.

E queria discordar do Ver. João Dib, pois acredito que a crítica, quando positiva, como V. Sa. tem feito, sempre ajuda; quem recebe críticas tem de absorvê-las para mudar e assim não ser mais criticado. Então, parabéns ao Sr. Marcelino Pogozelski pelo seu trabalho. Nós, da Bancada do PDT, colocamos-nos à disposição. Muito obrigado pelo seu trabalho. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, queríamos saudar também as pessoas que acompanham os trabalhos da nossa Tribuna Popular, dizer que é sempre um prazer receber o Presidente Marcelino, que tem trazido para esta Casa sistematicamente os conhecimentos, as informações do seu trabalho e do trabalho do Sindicato. Hoje trouxe mais nove itens que são, seguramente, novos desafios para serem aprimorados em nossa Cidade. Eu acredito que a proposta trazida pelo Presidente do Sindicato dos Agentes de Fiscalização de Trânsito do Município de Porto Alegre no sentido de fazer uma audiência pública poderá ser um espaço extremamente importante para que nós, os Vereadores, possamos nos apropriar cada vez mais das informações sobre a situação do trânsito, sobre as questões ainda não resolvidas na nossa Cidade, como a questão das carroças, a questão dos motobóis, temas fundamentais do nosso Município, temas sobre os quais nós, os Vereadores, temos responsabilidade pública de tratar e também de tentar construir uma solução.

Eu queria também dizer ao Presidente Marcelino, na condição de Líder da Bancada do PPS, que eu e o Ver. Paulo Odone acompanharemos seguramente esses debates, como temos feito sistematicamente. Na condição de Líder do Governo, quero dizer que o nosso Governo está priorizando essa questão e que nós trataremos, dentro do Governo, com os dados da sociedade civil, do Sindicato, da Secretaria e da Câmara, juntando, através dessa parceria, as informações para que todas as políticas públicas realmente reflitam a necessidade, a urgência e a necessidade de Porto Alegre. Parabéns pelo seu trabalho.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Elias Vidal está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores; Presidente do Sindicato, Marcelino Pogozelski, em nome da Bancada do PTB - composta pelo Ver. Maurício, Ver. Brasinha, por este Vereador e pelo nosso Presidente, Ver. Elói Guimarães -, queremos dizer que também somos solidários a qualquer tentativa de ajudar no sentido da redução dos acidentes, porque sabemos que, além das despesas para o Município, as despesas maiores são aquelas sem retorno, com as mortes, com as baixas, com os acidentes, com a dor e com a doença que vêm após o acidente.

Agora, quando se vive numa cidade em que a bebida alcoólica é vendida - não só vendida, mas consumida -, incentivada nos postos de gasolina, já se têm um retrato, um raio X da situação. Subentende-se que um posto de gasolina está ali para fazer todo o check-up da segurança: combustível, extintor, água, pneu, calibragem, enfim, para dar segurança tanto aos que dirigem, aos que estão dentro do carro, quanto aos que estão lá fora na circulação desse automóvel. Percebemos que num posto de gasolina não somente é vendida bebida alcoólica, mas também é incentivado o seu consumo; vemos com freqüência, em nossa Cidade, motoristas, pessoas bebendo no carro estacionado. Você pode dizer: “Mas, Vereador, a bebida alcoólica vai ser consumida num restaurante, num bar”. Aí há uma outra conotação; por exemplo, pressupõe-se que num hospital não convém a reciclagem de lixo no pátio, porque é necessário preservar a questão da saúde, a questão da contaminação. Então, olhando-se por esse prisma, temos de entender que o posto de gasolina está para a segurança, e, quando um posto de gasolina é um incentivador não só da venda, mas do consumo de bebida alcoólica, podemos tirar um retrato das demais coisas na redondeza da Cidade.

Outro dia, minha filha disse: “Pai, tantos jovens morrem todo final de semana.” Em toda segunda-feira, vêm as estatísticas das mortes, dos acidentes. Puxa, com tanta morte, já se sabe que, na segunda-feira, vamos ter um balanço do final de semana com a maior incidência de morte. Mesmo assim, as mortes continuam. Então, eu acho que alguma coisa tem de ser feita, temos de ter algumas alternativas, porque o que se está fazendo não está surtindo efeito; o problema não é de agora, já é de muito tempo.

O Presidente Marcelino deu conotação de algumas coisas relacionadas ao atual Governo, que está aí há tão pouco tempo. A coisa já é de muito tempo, é de dezesseis anos ou desde quando foi fundado esse trabalho que era da Brigada e que agora é dos “azuizinhos”. Então, algo tem de ser feito, e faço um pedido para que o material que V. Sa. leu aí na frente, que possui dados e estatísticas interessantes, possa ficar não só na mão do Presidente, mas de todos nós, os Vereadores, para usarmos nos nossos trabalhos de forma educativa. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. IBSEN PINHEIRO: Sr. Presidente, eu acompanhava, com muita atenção, a manifestação do nosso convidado. Ao longo da sua exposição, eu me afinava com os conteúdos da sua manifestação - eu e o Ver. Haroldo de Souza, meu vizinho de Bancada. Posso dizer, Sr. Presidente, que também não me filio àqueles que resistem e reagem à punição pelas infrações de trânsito, porque as punições têm um conteúdo educativo também. Assim como se diz que as crianças aprendem pela bunda com palmadas, nós, motoristas, aprendemos também pela multa. Mas me surpreendeu, no final, o grau de politização da manifestação do nosso convidado. Ela, a rigor, não é surpreendente, Sr. Presidente. Nós estamos assistindo, nos últimos anos, a uma sindicalização da vida pública; já se ouve dizer que se elege Presidente da Câmara dos Deputados o líder do sindicato do baixo clero; e, contrario sensu, ocorre também uma politização dos sindicatos, e ocorre mesmo.

No momento em que se discute um modelo de política sindical para o nosso País - e vou atender ao convite do Ver. Carrion para discutir com ele porque também sou favorável à unicidade sindical -, acho que nós estamos praticando os vícios dos dois sistemas. Nós temos, por exemplo, pluralidade. Eu não sei quantos, Ver. Carrion, são os sindicatos que operam entre os trabalhadores do Município de Porto Alegre, mas não deve ser menos de meia-dúzia; os exclusivos, eu não falo ainda de um sindicato médico, que tem alguns filiados, ou do sindicato dos advogados, falo de sindicatos exclusivos de servidores do Município de Porto Alegre que, pela especialidade, praticam um grau de pluralidade em vez da unicidade; mas, na unicidade, temos a intervenção estatal, através do imposto sindical, hoje chamado de contribuição. Então, temos o ruim dos dois sistemas: temos a pulverização, que é ruim para a força das categorias; e temos a tutela estatal, que é ruim para a sua soberania.

Sabe, Sr. Presidente, sou pela unicidade, mas não há nada pior do que a falsa unicidade que praticamos, que, na verdade, tem todos os vícios da pluralidade, inclusive a partidarização dos sindicatos.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos saudar o Presidente Marcelino Pogozelski e os integrantes da sua Diretoria. Quero dizer que o Presidente nos entregou um documento formal, solicitando à Casa, à Presidência, uma audiência pública, bem como traz aqui material relativo aos índices de acidentes que expôs na tribuna.

Quero dizer que vamos - o conjunto da Casa - fazer uma audiência pública no sentido de trazer todas essas questões à luz do debate, para buscarmos enriquecer esse tema que, invariavelmente, o Presidente Marcelino vem trazendo à Casa: as suas preocupações com essa questão extremamente importante, que é o trânsito, pela dinâmica, pelo que ele representa, a sua importância para uma cidade, mormente uma cidade como Porto Alegre. Portanto, mais uma vez, queremos saudar o Presidente Marcelino, a sua Diretoria e dizer que vamos acertar a agenda, a data para fazermos esse encontro, esse debate, essa audiência pública com as entidades aqui apontadas no Requerimento e outras entidades afins com a matéria que vamos debater.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h39min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 14h40min): Estão reabertos os trabalhos.

Registramos a visita orientada da Escola Estadual Gomes Carneiro, de Porto Alegre. São trinta alunos da 3ª série, acompanhados pelas Professoras Ivone, Denise e Patrícia. Essa atividade faz parte do Projeto de Educação Política que o Memorial desta Casa desenvolve junto a escolas e entidades de Porto Alegre e da Região Metropolitana. A coordenação é do Professor Jorge. Portanto, uma salva de palmas à Escola Estadual Gomes Carneiro. (Palmas.)

 

O SR. NEREU D'AVILA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito inversão da ordem dos trabalhos. Em primeiro lugar, passaríamos ao período de Comunicações, destinado à homenagem dos cinco anos do jornal Diário Gaúcho.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Nereu D’Avila. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Presidente, Ver. Elói Guimarães; a Comissão da qual este Vereador é Presidente, Comissão de Defesa do Consumidor e de Direitos Humanos, por decisão unânime - deste Vereador; da Vice-Presidenta, Verª Maria Celeste; da Verª Clênia, da Verª Margarete, do Ver. Maurício e do Ver. Bernardino -, trará uma programação da conscientização dos direitos dos índios de Porto Alegre na próxima semana a esta Casa. Nós temos aqui um espelho, o qual vou passar às mãos de V. Exª e distribuir a todos os Vereadores e as Vereadoras. Portanto, é essa a comunicação que faço a Vossa Excelência. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje este período é destinado a assinalar o transcurso do 5º aniversário do jornal Diário Gaúcho, nos termos do Requerimento nº 019/05, de autoria do Ver. Nereu D’Avila.

Convidamos o Jornalista Luiz Fernando Aquino, editor-adjunto do Jornal, a fazer parte da Mesa.

O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Jornalista Luiz Fernando Aquino, demais autoridades, senhores da imprensa, senhoras e senhores, no dia 17 de abril de 2000 foi lançado um novo jornal no Rio Grande do Sul, o Diário Gaúcho. Portanto, domingo, estará completando o seu 5º aniversário com uma grande festa no Gigantinho, onde o ingresso será de gêneros alimentícios que serão distribuídos às entidades necessitadas. Então, esse bravo, esse valente e valoroso Diário Gaúcho está completando cinco anos de existência.

Cumprimento, na figura do editor-adjunto Luiz Fernando Aquino, a equipe, os demais componentes da redação do Diário Gaúcho. Estendo esta homenagem à RBS, que teve a idéia de fazer um jornal com um matiz mais popular, que atingisse camadas que não poderiam comprar diariamente os jornais mais caros. E atingiu o objetivo. O Diário Gaúcho tem a proposta de atingir os excluídos, as camadas populares, os desassistidos, que têm direito à cidadania e à informação, e atingiu também a proposta que eu mesmo verifico, quando me dirijo à Câmara, passo por diversas áreas populares: de manhã cedo, nos bares, nas padarias, até na rua, há pessoas lendo o Diário Gaúcho.

Então a sua consecução, a sua feitura tem a característica popular, até nas suas colunas. Por exemplo, há uma coluna com um gremista, o Cacalo, e uma coluna com um colorado, o nosso Kenny Braga. O Jornal dá manchetes resumidas, que é aquilo que o povo gosta, ou seja, verificar os principais acontecimentos sem muita profundidade, porque, às vezes, tem-se pressa de informações e pouco tempo para se dedicar à leitura, desse modo consegue-se verificar vários assuntos. Claro que muitos de profundidade, sim, mas de conotação das camadas populares incrustadas nas páginas do Diário Gaúcho.

Diversos colunistas de escol como o Antônio Carlos Macedo, o próprio Senador Zambiazi, o Renato Dorneles, o nosso Bagre Fagundes, enfim, os colunistas ajudam a dar o perfil sintético, mas objetivo da notícia. O Pedro Ernesto na questão esportiva; o Adroaldo Guerra Filho, e por aí vai...

Então, eu repito: são cinco anos de sucesso. Não é fácil, e a crise brasileira enseja dificuldades enormes ao poder aquisitivo, que uma proposta tenha êxito bastante acentuado. Não é fácil! Mas são cinco anos de exuberância do Diário Gaúcho, vê-se que a proposta foi aceita pela comunidade, repito, principalmente nos bairros, na periferia, nas vilas populares, o Jornal chega às mãos da população.

A Câmara de Porto Alegre na sua conjuntura, no seu complexo, na sua amplitude de ser a verdadeira representante de todas as camadas da população, de todos os listamentos da sociedade, não poderia ficar omissa quando um Jornal do teor do Diário Gaúcho completa cinco anos de existência. E completará domingo numa grande festa no Gigantinho, para onde - eu tenho certeza - afluirão milhares de pessoas, com a proposta de não-pagamento de entrada, mas um quilo de alimentos, de mantimentos para que sejam depois encaminhados a entidades necessitadas.

Portanto, acho que nos Anais da Câmara ficará incrustado que a Casa não esqueceu de um dos seus jornais já incorporados no nosso dia-a-dia, incorporados na nossa imprensa e que tem, como disse e repito, pessoas de gabarito e representantes, inclusive com mandato popular, que dão uma conotação tanto nas áreas esportivas, como também em outras, em diversos campos da natureza humana.

Chamo a atenção de que o Jornal oferece inclusive ajuda a quem necessita de emprego, a quem precisa achar alguma coisa, enfim, o Jornal tem uma proposta definida. Quem analisa vê que as suas páginas são divididas e direcionadas, previamente estabelecidas. Vê-se então que não é algo aleatório, que não é mais um Jornal apenas para vender, que seja fonte de lucro, não; a proposta foi clara: para atingir determinadas camadas. A proposta, no meu entendimento, é vencedora!

Portanto, os nossos parabéns, Aquino! Leve à redação do Diário Gaúcho os nossos parabéns por esses cinco anos bem vividos, que o Jornal continue não só publicando notícias que atinjam a população, mas, principalmente, notícias que, de certa maneira, dão ênfase a assuntos relevantes, que muitas vezes outros jornais, na ânsia de analisar apenas questões econômicas e outras que os jornais do centro do País o fazem com grande competência, não atingem. Porto Alegre necessita, sim, que se mostre o seu dia-a-dia, o seu cotidiano, as coisas que acontecem nas vilas, nos bairros - às vezes, não muito boas; não são um deslumbre de notícia -, que são a realidade da natureza humana e das pessoas que convivem nesta Cidade.

Por exemplo, esta manchete aqui me chama a atenção: “Bebê deixado na rua passa bem.” (Mostra o Jornal.) Esta notícia tem uma profundidade muito grande, primeiro, porque acontece com muita assiduidade, infelizmente. Seja por que razões forem, a gente rejeita saber que uma criança foi jogada no lixo, mas é como eu disse, é a realidade do dia-a-dia, do cotidiano das pessoas e deve ser, portanto, encarada. E, também, é uma notícia que traz preocupação, não só de nós todos, mas, principalmente, com a saúde de um futuro gaúcho, de um futuro ser humano, de uma futura pessoa de bem.

Queremos deixar claro que o Requerimento foi aprovado por unanimidade nesta Casa, para que os cinco anos do Diário Gaúcho fossem registrados. O seu dia será domingo, mas a Câmara, hoje, faz o registro desses cinco anos bem vividos. Parabéns e vida longa ao nosso Diário Gaúcho. Obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. IBSEN PINHEIRO: Sr. Presidente, Jornalista Luiz Fernando Aquino, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, inicialmente registro que me honra falar neste momento não apenas pela minha Bancada, mas pela Bancada do PCdoB, por delegação de sua Líder, Verª Manuela, e do Ver. Raul Carrion, e também pela Bancada do PP, por delegação do Ver. João Antonio Dib, o que me faz sentir nesta homenagem quase ecumênico, para expressar um sentimento que é comum a todos nós: de regozijo pelo 5º aniversário do jornal Diário Gaúcho.

E é um regozijo que vai além do simples decurso desse tempo. Eu acho que muito mais significativos são o caráter deste Jornal e a sua feição popular. Num tempo em que se definem os veículos de comunicação, alguns como segmentados, é interessante observar que este, se for tido como tal, terá como segmento a maioria, porque é um Jornal que se destina às maiorias, especialmente àqueles que não liam jornal. É interessante registrar que esse Jornal abriu o seu espaço provavelmente sem tirar leitores dos seus concorrentes, inclusive o da mesma casa, que é o jornal Zero Hora. Ele abriu um nicho, abriu um espaço de leitura para quem provavelmente não lia jornal.

Então, é um case de sucesso empresarial, por isso merece cumprimentos a Direção da RBS, pela concepção, e também merecem os seus profissionais pela execução de um trabalho de tal natureza, que mantém o nível popular, sem prejuízo de conduta ética da abordagem da notícia. Não faz o jornalismo popular que se praticou aqui e no mundo que se notabilizava por manchetes escandalosas mais destinadas a impactar do que informar.

Então, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, é com muita alegria que faço esta saudação e quero-me incorporar ao ambiente informal que esta Casa hoje vive. Sr. Presidente, nosso Regimento admite este quadro coloquial que estamos vivendo, e, para que se sinta à vontade o nosso convidado, estamos todos vestidos “como jornalistas em trabalho”. (Tira o casaco.) (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. José Ismael Heinen.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Elói Guimarães, Presidente desta Casa; Jornalista Luiz Fernando Aquino, editor-adjunto do jornal Diário Gaúcho, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, o jornal Diário Gaúcho é um órgão de comunicação que diz muito com a minha trajetória de comunicador aqui nesta Cidade.

Durante muitos anos, eu estive em programas populares, em rádios populares, como é o caso da Rádio Caiçara, o caso da Rádio Farroupilha em duas oportunidades, inclusive em uma delas quando a Farroupilha já pertencia à RBS. Todas as vezes em que estive nesses órgãos de comunicação popular, sentia que o que fazia a diferença entre as emissoras em que eu atuava e as outras emissoras era exatamente a linguagem utilizada por nós, comunicadores. Nós conseguíamos chegar mais perto do povo, então nós tínhamos oportunidade de falar para mais gente. Isso acabou me trazendo para esta Casa.

Um dos grandes orientadores que eu tive nessa área de comunicação popular, Otávio Gadret, que era um dos diretores da Rádio Caiçara, me dizia: “Você está perdendo espaço na rádio popular, porque você mudou a sua linguagem. A sua linguagem já não é mais a mesma.” E eu sentia que isso realmente me fazia perder o espaço que havia conquistado na rádio popular, o qual mantive durante muito tempo.

O jornal Diário Gaúcho tem exatamente esta característica: ele veio e veio com uma linguagem modificada, diferente; a intenção do Diário Gaúcho é atingir aquela população que normalmente não é leitora de jornal, a não ser aqueles que saudosamente liam, no jornal Zero Hora, o Stanislaw Ponte Preta ou o Carlos Nobre, naquelas colunas onde havia muita gozação, muita diversão, e havia sempre um colírio para os olhos, uma foto de uma mulher muito bonita, geralmente na última página. Agora o jornal o Diário Gaúcho traz tudo isso. Todas as pessoas que compram o Diário Gaúcho sabem que estarão entrando em contato com assuntos bem populares, com assuntos que afligem a vida da população, mas que muitas vezes não são notícia nos grandes jornais, caso de Zero Hora, caso do jornal O Sul e outros jornais que fazem uma comunicação mais elitizada. Ali no jornal Diário Gaúcho encontram lugar algumas pessoas que querem falar exatamente a língua do povão, que querem fazer um contato direto com aquelas pessoas que muitas vezes são colocadas até de lado na comunicação mais tradicional.

Por isso mesmo, acredito que o Diário Gaúcho veio não apenas para ocupar um lugar, mas para falar para a maioria da população no Rio Grande do Sul, porque o tipo de comunicação que ele faz é bem aceita por aquelas pessoas que normalmente costumam ler jornal, mas também não ficam de fora as pessoas que não tinham o hábito de ler jornal.

Eu acho que o jornal Diário Gaúcho faz um bem para todos nós aqui na nossa região, porque coloca nas pessoas o hábito da leitura, traz para algumas pessoas que antes não davam muita bola para as notícias do jornal o hábito da leitura. E isso realmente é um serviço muito bom que o jornal Diário Gaúcho está fazendo, para que a nossa população, quem sabe, seja um dia mais consciente, mais politizada do que já é, para que possa realmente decidir as questões do Estado com muito mais consciência do que faz agora.

Parabéns a vocês do jornal Diário Gaúcho! Que continuem firmes nessa linha de jornalismo, que é inovadora, sim, e que traz para todos nós aqui do Rio Grande do Sul, eu acredito, uma vantagem em termos de jornalismo em relação aos outros Estados. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Solicitei tempo de Comunicação de Líder, porque não poderia este Vereador perder a oportunidade de falar em nome de nossa Bancada - composta pelo Ver. Brasinha, Ver. Maurício, pelo nosso Presidente, Ver. Elói Guimarães - e dar aqui o parecer, a opinião de como entendemos o papel do jornal Diário Gaúcho na nossa Porto Alegre e no nosso Estado.

Eu destacaria dentre tantas outras coisas positivas do Diário Gaúcho - a RBS - o respeito que tem para com a sociedade, para com o povo. Por que o respeito? Porque é um Jornal único; não há dois jornais no Estado com a visibilidade e a sensibilidade do Diário Gaúcho. Não há dois jornais!

O cidadão que gosta de obter a sua informação através do rádio, através da televisão e através dos jornais, que tem um poder aquisitivo maior, consegue ir em busca de um Jornal que, num primeiro momento, parece ser de um valor insignificante, mas o cidadão que tem um poder aquisitivo mais abaixo daquele que, com facilidade, compra o seu jornal Zero Hora ou um outro jornal ficaria à parte, ele ficaria alienado do processo da sua informação pela leitura. E o jornal Diário Gaúcho vem repor, fechar essa lacuna, por intermédio da sensibilidade, da magia dos seus articuladores, dos seus organizadores, colunistas, comentaristas, fotógrafos que, num toque de mágica, conseguem captar uma imagem, e, por intermédio de letras, palavras e frases, conseguem expressar ali os seus sentimentos e traduzir não só o entretenimento, mas a cultura, o lazer, o esporte e tantas outras informações que o Diário Gaúcho traz para a sociedade.

É interessante também destacar que o jornal Diário Gaúcho completa cinco anos, e lembro-me, quando do seu lançamento, de ouvir as pessoas dizendo: “Esse é um Jornal que não vai dar certo”. E eu fico feliz em ver que o jornal O Diário Gaúcho deu certo, porque ele resulta do trabalho de pessoas com uma visão sabiamente empreendedora, que fizeram todo um estudo logístico de aceitabilidade em todos os aspectos da ciência da informação. E o Diário Gaúcho preencheu uma lacuna, um vazio que havia. E, se não tivéssemos o Diário Gaúcho, com certeza até hoje, estaríamos com esse vazio.

Então, quero parabenizá-los, em nome da nossa Bancada do PTB, pelo sucesso e pelo respeito que os senhores tiveram para com a sociedade, que tiveram dos jornais, das empresas que trabalham nesse ramo. Foi a empresa jornalística da RBS que teve a sensibilidade de preencher esse vazio e, com essa sensibilidade, esse respeito, proporcionar a informação a todos, independente de classe social. Meus parabéns! Vida longa ao Diário Gaúcho, que Deus abençoe a todos os senhores. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maria Celeste está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Falo não só em meu nome, mas em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, nesta justa homenagem ao 5º aniversário do jornal Diário Gaúcho.

Gostaria de destacar dois aspectos que considero fundamentais do trabalho da edição desse Jornal. O primeiro já foi, inclusive, comentado aqui nesta tribuna, mas quero reforçar que o Jornal traduz o cotidiano da grande metrópole, como se o ângulo de observação fosse o da própria população, isto é, a população que, em sua grande maioria, vive na periferia da nossa Cidade. A sua interpretação jornalística da realidade e do imaginário do povo produz um conhecimento do senso comum, que se traduz, na página do Jornal, num tratamento avaliativo dos acontecimentos. O jornal Diário Gaúcho indica a emocionalidade dos fatos, dos protagonistas e das suas circunstâncias. O impacto de sua leitura revela os aspectos cruéis da realidade, sim, que a maioria dos jornais desprestigia e não observa. Há, portanto, uma cumplicidade entre o Jornal e o leitor, pois seu discurso apresenta-se como adequado às condições culturais, econômicas das classes populares da nossa Cidade, que, por sua vez, podem e têm o acesso, então, à imprensa escrita, diariamente. Isso não significa, no entanto, abdicar da veiculação de notícias que tratem sobre acontecimentos políticos, econômicos e culturais.

Gostaria de destacar um segundo aspecto que, para mim, é extremamente relevante: o jornal Diário Gaúcho tem sempre dedicado especial atenção, nesses cinco anos de história, à questão das crianças e dos adolescentes desaparecidos no nosso Estado. Poucos jornais em nosso Estado e até mesmo no País têm-se mostrado tão solícitos aos pedidos de publicação de fotos, matérias que dizem respeito a essa problemática. Para se ter uma idéia da dimensão do problema, segundo dados do DECA, Departamento Estadual da Criança e do Adolescente, no Rio grande do Sul, no ano de 2004, houve 3.927 desaparecimentos de crianças e de adolescentes, dos quais, 2.345 pessoas foram encontradas graças, certamente, à atuação do Jornal. Ou seja, mais de 30% dos casos de crianças e adolescentes desaparecidos no nosso Estado ainda não foram resolvidos.

Tenho recebido relatos de Conselheiros Tutelares de todo o Estado do Rio Grande do Sul que expressam o quanto o jornal Diário Gaúcho sempre foi parceiro na divulgação dessas informações, contribuindo, consideravelmente, na resolução dessas questões, desses casos tão pertinentes e tão importantes para a vida das mães, dos pais, das famílias dessas crianças desaparecidas. Faço questão de destacar esse aspecto, pois a mídia, de um modo geral, tem um papel importantíssimo - e esse papel nem sempre é lembrado -, que é o papel da redução das diferentes formas de violência contra as crianças e os adolescentes na nossa Cidade e no Estado do Rio Grande do Sul.

Portanto, por sua inserção massiva, o jornal Diário Gaúcho tem contribuído de forma significativa para a resolução de problemáticas que atingem cotidianamente as classes populares da nossa Cidade, do nosso Rio Grande e, em especial, as nossas crianças e os nossos adolescentes. Parabéns por esse trabalho desenvolvido nesses cinco anos. E esperamos que, realmente, continue como enfoque da edição essa problemática em relação às crianças desaparecidas no nosso Estado. Parabéns.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Mario Fraga está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente da Câmara Municipal, Ver. Elói Guimarães; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, demais pessoas que nos assistem na platéia, bem como pela TVCâmara, Jornalista Luiz Fernando Aquino, editor-adjunto do jornal Diário Gaúcho, nosso homenageado, representando o jornal Diário Gaúcho: vou falar e me dirigir especialmente a V. Sª, dando parabéns ao Ver. Nereu D’Avila por esta homenagem.

Eu tenho certeza, jornalista, de que, quando o senhor veio a esta Casa, no momento em que estava chegando, jamais imaginou como seria esta homenagem. E aqui, cada um de nós, que representamos a cidade de Porto Alegre, em todos os seus cantos, tem uma história com o jornal Diário Gaúcho - o senhor pode ter certeza disso. Infelizmente, os 36 Vereadores desta Casa não conseguirão falar, mas cada um que o fizer vai identificar-se com o Diário Gaúcho.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero agradecer a V. Exª o aparte e dizer que a grandeza das pessoas dá-se pelos seus atos, assim também são as empresas e os veículos de comunicação.

O Ver. Nereu D'Avila - e quero parabenizá-lo por esta iniciativa - foi muito claro na tribuna: o Diário Gaúcho demonstrou a sua grandeza porque conseguiu atingir uma população que não tinha condições de ler um jornal durante o dia. Portanto, sem dúvida nenhuma, parabéns ao jornal Diário Gaúcho e a toda a sua equipe. Obrigado, Vereador.

 

O SR. MARIO FRAGA: Exatamente, eu ia até começar o meu discurso dizendo que o Diário Gaúcho não tirou leitor de nenhum jornal, de nenhum outro veículo, porque ele atendeu a uma camada que é mais necessitada, mais pobre.

E eu, que sou da Zona Sul - mas não do Extremo Sul, faço parte de Belém Novo, Lajeado, Restinga -, tenho um carinho enorme, pois é um dos jornais que atingem aquela camada da população, principalmente na Restinga, jornalista. E V. Sª deve saber que, na Restinga, nós temos duas Restingas, uma diferente da outra; eu vivo mais na Velha, e a população da Velha tem um carinho enorme pelo Diário Gaúcho, até porque esse é o único Jornal que divulga o Campeonato dos Peladeiros - V. Sª sabe disso. Para os Vereadores que não sabem, que não acompanham, gostaria de registrar que esse é o único Jornal - não fazemos, com isso, crítica a nenhum outro meio de comunicação - que publica o resultado dos campeonatos daqueles que têm menos condições, que o Ver. Aldacir Oliboni conhece muito bem, já nos encontramos lá; Ver. Haroldo de Souza, que já esteve diversas vezes no Campeonato do Canto da Ronda; Ver. Elias Vidal, que também já esteve lá com a gente.

Outro detalhe, Vereador, de como é importante esse Jornal são as promoções, a briga pelos selinhos nas comunidades carentes. Em todas as comunidades há disputa pelo selinho. Eu tenho alguns amigos que têm empreendimentos, têm comércio, e, quando chega o Diário Gaúcho, a briga dos funcionários entre si para pegar o selinho e poder trocar pelo brinde é muito grande.

Então, eu queria saudar mais uma vez o Ver. Nereu D’Avila por esta iniciativa, que parece tão simples, Vereador, mas tenho certeza de que o Jornalista Luiz Fernando Aquino vai levar uma mensagem muito boa desta Casa e uma lembrança magnífica desta homenagem que é muito merecida. Parabéns ao Diário Gaúcho pelo 5º aniversário e parabéns ao Ver. Nereu D’Avila. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. VALDIR CAETANO: Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Ver. Elói Guimarães; Jornalista Luiz Fernando Aquino, editor-adjunto do jornal Diário Gaúcho. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu faço questão, Sr. Presidente, de usar o Tempo de Liderança do Partido Liberal para prestar esta homenagem, por intermédio do jornalista aqui presente, Luiz Fernando Aquino, a mais esse meio de comunicação que nós temos o prazer de ver sendo entregue e distribuído todas as manhãs na bancas.

Sem dúvida nenhuma, nesses cinco anos, deu, tem dado e, com certeza, continuará dando uma contribuição muito grande ao nosso povo, por intermédio de uma informação sucinta, mas de grande valia, que tem feito com que mais uma camada da nossa população possa ter acesso a essas informações tão importantes. Então parabéns a toda a equipe do jornal Diário Gaúcho, parabéns ao Jornalista Luiz Fernando Aquino, que Deus os abençoe, que vocês possam continuar com esse trabalho maravilhoso, contribuindo, por meio da imprensa, dessa forma, com esse trabalho, digamos assim, um trabalho simples, objetivo, informando o povo dos acontecimentos da nossa Cidade, do nosso Estado e até mesmo do nosso País. Parabéns e que o trabalho possa continuar dessa forma. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.).

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Sr. Luiz Fernando Aquino, editor-adjunto do jornal Diário Gaúcho, está com a palavra.

 

O SR. LUIZ FERNANDO AQUINO: Senhoras e senhores, em nome do Presidente Elói, eu saúdo os demais presentes. Nós, jornalistas da escrita, não somos muito habituados ao microfone. Em primeiro lugar, em nome da Direção da RBS e dos meus companheiros de trabalho que estão, neste momento, fazendo o Jornal para ser entregue amanhã, eu agradeço pelo carinho da lembrança, da proposição do Ver. Nereu.

Sem dúvida, é uma honra para nós este reconhecimento da Cidade por intermédio da Câmara de Vereadores, representante do povo, o qual a gente tenta traduzir em seus anseios, na sua movimentação do dia-a-dia.

Em outra circunstância, eu já estive aqui, foi durante uma CPI que investigava verbas do carnaval - porque esse é o nosso papel, essa é a nossa atuação -, e hoje estamos aqui numa outra condição, do reconhecimento do Legislativo Municipal pelo trabalho do Diário Gaúcho. Isso nos honra, é a dimensão do nosso trabalho.

Com o surgimento do jornal Diário Gaúcho, a Região Metropolitana de Porto Alegre passou a ser a primeira em índice de leitura do País. Antes era o Rio de Janeiro, com cerca de 60% do índice de leitura, e, com o Diário Gaúcho, já a partir do final de 2000, a Região Metropolitana de Porto Alegre assumiu o primeiro lugar, e disto podemos nos orgulhar: 65% é o índice de leitura, e nunca mais perdemos a posição, em função, especificamente, do Diário Gaúcho.

Como bem ressaltou o Ver. Ibsen, foi um projeto que não tirou leitores de outros jornais, porque ele foi pensado, concebido para um público que não tinha o hábito de leitura, seja por questão de preço ou por questão editorial. Então ele criou seu público, um público fiel. Como disse a Verª Maria Celeste, é um Jornal que mantém uma cumplicidade com seu público - nós somos cúmplices das pessoas -, por essa razão atingimos esses números e esse desempenho.

Hoje, nós somos o oitavo maior jornal do País, considerando todos os jornais, levando-se em conta que o Diário Gaúcho não tem a tiragem de sábado, nós temos uma edição conjunta de sábado e de domingo. Então, isso dá uma dimensão muito grande. Por exemplo, comparando ao jornal Extra, que é o jornal popular do Globo, que circula em todo o Estado do Rio de Janeiro, a nossa concentração, 90% da nossa circulação, é na Região Metropolitana. Por quê? Porque nós damos, todos os dias, notícias do Canto da Ronda, dos peladeiros, notícias que não aparecem em outros jornais, por postura editorial, por decisão. Nós temos uma preocupação, sim, com a criança, com o adolescente, é diária a publicação dos desaparecidos, dos procurados. Ao contatarmos com uma família - e eu acompanho de perto o editor de polícia que faz esse trabalho todos os dias, e ele relata isso para nós -, toda vez que o editor liga para a casa de um familiar, porque ele precisa atualizar aquela informação, para perguntar se uma determinada pessoa reapareceu ou não, depara-se com o desespero que essa família se encontra e o agradecimento. Então, essa relação de amor é muito próxima com o Jornal, porque o Jornal é atento às necessidades, às coisas das pessoas. Isso faz com que hoje o Diário Gaúcho venda, nós fechamos em março, 155 mil jornais por dia. É jornal vendido, o Diário Gaúcho não tem assinatura porque senão encareceria e tornaria difícil a aquisição para o público, das camadas C, D e E, que é o público alvo do Jornal.

Então, mais uma vez, eu quero agradecer a homenagem, a lembrança e dizer que, se por postura editorial, os senhores, representantes do povo, não aparecem seguidamente no Jornal, tenho certeza de que todos os dias o povo, o qual vocês representam, está lá nas nossas páginas. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ao encerrarmos este período da Sessão, queremos agradecer em especial ao Ver. Nereu D’Avila pela oportuna e justa homenagem ao 5º aniversário do jornal Diário Gaúcho. Transmito ao Jornalista Luiz Fernando Aquino, editor-adjunto do Jornal, a saudação da Casa já feita pelos seus Vereadores e Vereadoras. O Jornal é muito importante para a Cidade, para o Estado, para esta Casa, dado o seu caráter eminentemente popular, de fácil acesso, inclusive no modelo da informação, da opinião, da crônica. O Jornal é dinâmico nas duas diferentes seções e presta, inquestionavelmente, por seus vários setores, um serviço de utilidade pública, mormente na questão das pessoas que desaparecem. Enfim, por todo esse colorido que constitui, Aquino, o jornal Diário Gaúcho é merecedor do reconhecimento da Cidade, e a Cidade, aqui representada pelos seus Vereadores e Vereadoras, quer agradecer os bons ofícios e serviços que vem prestando o jornal Diário Gaúcho à sociedade rio-grandense.

Levem aos seus companheiros de trabalho - jornalistas, editores, comunicadores - o abraço forte da Câmara Municipal de Porto Alegre. Estão suspendemos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h30min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 15h32min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Maristela Meneghetti.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, a Verª Maristela Meneghetti cedeu este tempo para que pudéssemos falar a respeito da indicação que ela, o Ver. João Carlos Nedel, a Verª Mônica Leal e este Vereador desejam fazer ao Presidente da República, trazendo ao conhecimento, também da Bancada Federal Gaúcha, as preocupações do Sindireceita, que é o Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal, da Delegacia aqui do Sul. Eles pretendem que sejam abertos canais de negociação para que os servidores da Secretaria da Receita Federal tenham participação no processo de elaboração da nova estrutura da Administração Tributária do País, o que deve ocorrer com a fusão da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria de Receita da Previdência.

A experiência mostra, em todos os locais, em todos os serviços públicos, que não se podem fazer alterações sem que aquelas pessoas do meio que convivem sejam ouvidas, e parece que há uma dificuldade imensa para isso. Não querem ouvir os servidores, especialmente os Técnicos da Fazenda Nacional, por isso estamos fazendo essa indicação ao Presidente da República e também às Bancadas Federais Gaúchas, para que possam intermediar, que consigam esse encontro aos Técnicos da Receita Federal, que têm plena consciência da importância da Instituição Receita Federal e que, por isso mesmo, querem servir de elementos catalisadores do desejado fortalecimento da entidade e das melhorias estruturais em todos os sentidos.

Mas, por outro lado, também, sempre que se faz alguma coisa em alteração funcional, parece que há uma preocupação com aqueles que estão na inatividade, como se eles fossem os culpados dos malefícios que rondam toda a nossa terra. Também estão preocupados com que haja quebra de paridade entre ativos e inativos, corrigido por Corte Suprema, e temem que seja novamente intentada quando da nova formatação da Secretaria de Administração Tributária.

Ora, a experiência desses homens e mulheres que lá estão labutando dia a dia, quando os Auditores, que deveriam estar nas ruas levantando os problemas, estão sentados às mesas, ao lado dos Técnicos... eles querem solução imediata dos conflitos de competência, mediante a instituição de uma verdadeira carreira na Receita Federal, com ingresso por concurso público na classe inicial e a possibilidade de promoção funcional até o ápice da respectiva estrutura, com aproveitamento integral dos atuais servidores, Auditores-Fiscais e Técnicos da Receita Federal. E querem a observância da paridade para aposentados e pensionistas. Nada mais justo do que aqui é solicitado.

Eu quero dizer que, quando Prefeito, nós fizemos alteração do Estatuto do Funcionalismo Municipal, não foi na Secretaria de Administração tão-somente que o Estatuto foi realizado; nós chamamos os servidores municipais, que discutiram com o Secretário, que discutiram com os Assessores do Secretário, e também chamamos os Vereadores para que se pudesse fazer o Estatuto, que, assinado em 1985, está aí, integralmente executado. A mesma coisa ocorreu com o plano de carreira dos servidores: eles puderam dizer da sua experiência, das necessidades da Prefeitura para que seus serviços andassem melhor.

Então, nós estamos, Sr. Presidente, fazendo essa indicação, com quatro assinaturas neste momento, mas vamos colocar à disposição dos demais Vereadores que queiram também dar apoio a essa reivindicação do Sindireceita, Delegacia de Porto Alegre. Saúde e PAZ! (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós queremos dar ciência ao Plenário, de Ofício do Sr. Prefeito Municipal, que, na forma da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, comunica o seu afastamento de 14 a 17 do corrente mês, ocasião em que participará da Reunião da Frente Nacional de Prefeitos, que se realizará em Salvador. No dia 18 do corrente, estará presente na cerimônia de assinatura do termo de adesão deste Município com a Secretaria-Geral da Presidência da República para implantação do programa Pró-Jovem. A aludida viagem será com ônus para o Município no que se refere à concessão de uma passagem aérea para o trecho Porto Alegre/Salvador, assim como a concessão de duas diárias.

A Verª Margarete Moraes solicita Licença para Tratamento de Saúde na presente data, 14 de abril. A Mesa declara empossado o Suplente Ver. Gerson Almeida, nos termos regimentais, que integrará a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, em função da impossibilidade de os Suplentes Marcelo Danéris e Guilherme Barbosa assumirem a Vereança.

A Verª Maristela Maffei solicita Licença para Tratamento de Saúde na data presente, 14 de abril. O Ver. Mauro Pinheiro assumirá no lugar da Verª Maristela Maffei. Solicito ao Ver. Mauro Pinheiro que entregue o seu Diploma e a declaração de Bens a esta Mesa.

 

(Procede-se à entrega do Diploma e da Declaração de Bens.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Solicito que os presentes, em pé, ouçam o compromisso que o Ver. Mauro Pinheiro prestará a seguir.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: “Prometo cumprir a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, defender a autonomia municipal, exercer com honra, lealdade e dedicação o mandato que me foi conferido pelo povo.” (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Declaro empossado o Suplente de Vereador, Mauro Pinheiro. O nome de V. Exª já está aqui consignado: Mauro Pinheiro. Vossa Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça.

O Ver. Mauro Pinheiro, conforme o art.12 do Regimento, pode-se manifestar.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Cumprimento o nosso Ver. Elói Guimarães, Presidente da Casa; os Srs. Vereadores, as Sras Vereadoras e os presentes. Quero dizer que hoje, 14 de abril, é um dia especial, pois é a primeira vez que assumo nesta Casa do Povo.

Agradeço às 5.469 pessoas que confiaram em mim, depositando os seus votos. É de uma grande importância eu estar assumindo nesta Casa, representando essas pessoas que confiaram em nós.

Também quero fazer um agradecimento especial às pessoas, principalmente do comércio - que é uma área que a gente representa há algum tempo -, aos pequenos empresários desta Cidade que muito lutam para sobreviver, pessoas que fazem a história nesta Cidade, pois somos os maiores geradores de emprego e de renda, junto com os impostos que nós arrecadamos, e muitas vezes não somos lembrados.

Eu sou Presidente também da rede Ammpa, uma rede de minimercados que surgiu a partir de um debate aqui dentro desta Câmara de Vereadores, junto com os Vereadores, no ano de 2002, com o apoio da Prefeitura. Hoje é uma empresa que se consolidou no mercado. Tenho a satisfação de ser Presidente dessa rede e de ter tido o seu apoio, na qual vários empresários, pequenos empresários, assim como eu, que acreditaram nesse propósito, me apoiaram para que eu assumisse nesta Câmara de Vereadores. Eles não são somente comerciantes, são pessoas que ajudam a manter esta Cidade, pois são eles que geram emprego e renda. Agradeço também a todas as comunidades que acreditaram em mim, quando estive lá pedindo os seus votos.

É com grande satisfação que hoje a gente assume, na Bancada do PT, defendendo essas comunidades e esses pequenos empresários. Estamos à disposição de todos sempre para lutar e defender essa bandeira. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE(Elói Guimarães): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Raul Carrion.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Ver. Elói Guimarães, Presidente; na pessoa de V. Exª gostaria de cumprimentar os Vereadores e as Vereadoras presentes nesta Sessão; o público que nos assiste nas galerias e o público da TVCâmara. Neste momento, quero registrar a presença do Dr. José Bonifácio Glass, Presidente do Sanatório Belém, e do Assistente Executivo da Diretoria, Carlos Alberto Pilla.

Utilizo-me desta tribuna hoje, Sr. Presidente, Vereadores, para fazer um registro muito importante referente ao serviço, na área da Saúde, que tem prestado à comunidade de Porto Alegre, em especial da Zona Sul, o Sanatório Parque Belém, o Hospital Parque Belém.

Ontem, no jornal Correio do Povo, tivemos a oportunidade de ver uma nota dando destaque aos trabalhos da Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa, que discutia a criação de um novo hospital de pronto-socorro junto às instalações do Hospital Parque Belém. O Hospital Parque Belém vem sendo mantido pelo Sanatório Belém e é uma instituição filantrópica, reconhecida de utilidade pública pelos Governos federal, estadual e municipal. Iniciou suas atividades em maio de 1940, especializado em Tisiologia, tratando dos pacientes com tuberculose, destacou-se muito, recuperando e salvando muitas vidas naquele período marcado por essa doença, que é uma doença que, hoje em dia, com muito avanço na área do combate via medicamentos, já não tem tido a repercussão que tinha, mas, naquele momento, o Sanatório foi muito importante. Então, de 1940 a 1975, teve esse destaque na área de Tisiologia.

Em setembro de 1975, passou atuar nas especialidades de Clínica Médica, Cirúrgica e Pediátrica. Gostaria de destacar aqui que, em setembro deste ano, o Hospital Parque Belém estará completando trinta anos como Hospital Geral.

Fica localizado em meio a uma exuberante área verde e de fácil acesso; dispõe atualmente de 197 leitos para internação de pacientes do SUS, convênios e pacientes privados, nas especialidades de Neurologia, Neurocirurgia e Traumatologia, especialidades estas credenciadas desde 1999 para o atendimento de alta complexidade, e Nefrologia, Psiquiatria, Cirurgia Geral e Clínica Médica. Dispõe também de recursos de diagnósticos de alta resolutividade como tomografia computadorizada, radiologia, laboratório de análises clínicas, endoscopia digestiva, eletrocardiografia, eletroencefalografia e convênio com serviços terceirizados de ressonância magnética.

Eu estive, Sr. Presidente, neste ano, no coquetel comemorativo aos 71 anos do Sanatório Belém e pude observar que ele tem uma disposição que parece uma luva; seria uma luva de seis dedos; em uma das sua pontes, digamos assim, fica a administração e, nas demais, os leitos. Damos destaque, principalmente, para a posição solar do Hospital em função dessa atuação, no seu início da sua caminhada, com o tratamento e com o trabalho da Tisiologia, em função de que os pacientes precisavam pegar muito sol.

Destaco aqui também que nós, em especial os Vereadores da Bancada do PDT - refiro-me aos Vereadores que têm muita atuação na Zona Sul de Porto Alegre: Ver. Ervino, Ver. Mário Fraga, Ver. Dr. Goulart e este Vereador -, sabemos da importância desse Hospital no amparo necessário que dá a toda comunidade da Zona Sul de Porto Alegre.

 

O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu queria cumprimentá-lo pela sua exposição e dizer que, nos últimos anos, toda a comissão de saúde da região participou na construção dessa estruturação a que V. Exª se refere, a qual está pronta e à disposição não só dos moradores, como dos Vereadores, também, da região, a fim de que, o mais rapidamente, o pronto-socorro da Zona Sul seja implantado no Hospital Parque Belém. Obrigado.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Muito obrigado, Ver. Comassetto. Acho que é muito oportuna a colocação do Vereador, porque realmente se faz necessário ter - e não é à toa que a Comissão está discutindo a possibilidade - um novo hospital de pronto-socorro para atender à comunidade da Zona Sul.

Então, gostaria também de dizer que o Hospital possui uma Unidade de Tratamento Intensivo de Nível II, com vinte leitos, equipada e tecnicamente capacitada, e, desde 2001, está credenciada pelo Ministério da Saúde para captação de órgãos e realização de transplantes renais, tendo já realizado onze transplantes com pleno sucesso. Acho que é um dado importante, a gente deve fazer referência também.

O Hospital Parque Belém atendeu, no ano de 2004, 61.554 pacientes entre internações, atendimentos ambulatoriais e cirurgias, sendo 58.901 pacientes do SUS, cumprindo, dessa maneira, a sua missão, que está fundamentada no atendimento à saúde pública comunitária. Cabe aqui esse destaque.

É importante também salientar o funcionamento no Hospital Parque Belém da unidade médica especializada no tratamento ambulatorial e hospitalar de pacientes com dependência em álcool e drogas. Eu me refiro a isso, porque atinge a camada jovem da população de Porto Alegre. Deixo registrado aqui que é o Cedequim - Centro de Dependentes Químicos -, com função social relevante, não só no tratamento e recuperação de pacientes com essa problemática médico-social, mas, especialmente, nas ações junto às famílias e à comunidade em geral.

Fica este registro, esta justa referência ao Hospital e ao Sanatório Belém pelos relevantes serviços médicos prestados à comunidade de Porto Alegre e, em especial, à Zona Sul. Muito obrigado pela presença. Um abraço a todos. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Valdir Caetano está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Paulo Odone. (Pausa.) O Ver. Raul Carrion está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Professor Garcia.

 

O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, em primeiro lugar, gostaríamos de comemorar aqui, nesta tribuna, neste momento, Ver. Ibsen Pinheiro, a data dos 80 anos do início da Coluna Prestes, a Coluna Invicta no nosso Brasil. Coluna que, no dia 14 de abril de 1925, resultou da unificação das tropas que desceram de São Paulo, da rebelião de 1924, e das tropas que subiram do Rio Grande do Sul, sob o comando de Luís Carlos Prestes, passando por Santo Ângelo, Três Passos, e que, ao se unirem, iniciaram uma caminhada que durou até 1928, quando essas tropas se internaram na Bolívia.

 

O Sr. Ibsen Pinheiro: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Carrion, peço licença para me associar à iniciativa de V. Exª, porque essa homenagem, essa lembrança é mais do que justa, não apenas pelas figuras envolvidas, como, senão principalmente, pelo significado para o nosso País. Eu tenho mesmo a certeza de que podemos afirmar que o Brasil moderno, o Brasil contemporâneo começou no 5 de julho de 1922, com o Movimento Tenentista.

 

O SR. RAUL CARRION: E a Coluna é a expressão mais elevada da Revolta Tenentista do nosso Brasil, que vai desaguar na Revolução de 30, que tem o papel de modernização e de conclusão da inconclusa revolução burguesa no nosso Brasil.

 

O Sr. Ibsen Pinheiro: É nesse sentido o aparte que venho dar a V. Exª, porque ali, com o Movimento Tenentista, se partejava o Brasil moderno que começou a nascer efetivamente com a Revolução de 1930 e com as lutas sofridas dos anos 30, inclusive, com o Movimento de 1935.

 

O SR. RAUL CARRION: E antecedido pelas grandes lutas operárias do início do século, principalmente, as grandes greves gerais de 1917 e 1919, que eu diria que fazem parte desse impulso das mudanças trazidas pela Semana da Arte Moderna em 1922, o Levante de Copacabana em 1922 e a formação do Partido Comunista do Brasil em 1922.

 

O Sr. Ibsen Pinheiro: E, recuando um pouco mais no tempo, podemos lembrar a frase de Karl Marx, quando disse: “Um fantasma ronda a Europa.” E andava, de fato. E, alguém, com muito humor, acrescentou: “Nós não comemos, mas eles não dormem”. Esse era o Século XIX. Cumprimento o Vereador pela iniciativa.

 

O SR. RAUL CARRION: Então, a Coluna percorreu - é uma das maiores façanhas militares históricas, Ver. Todeschini - 25 mil quilômetros. Combateu 18 generais da República Brasileira, sem nenhuma derrota; daí o seu nome de Coluna Invicta. Eu tenho aqui um pequeno mapa que mostra a trajetória dessa grande epopéia que foi a Coluna Prestes. Então, Coluna teve, além de Luís Carlos Prestes: Miguel Costa, Siqueira Campos e tantas outras lideranças históricas do nosso Brasil.

Em segundo lugar, nós queríamos fazer referência à matéria que saiu, no dia de hoje, no jornal Correio do Povo, também matéria coberta pelo jornal Zero Hora, que trata de uma reunião entre os Senadores Pedro Simon, Paulo Paim e Sérgio Zambiasi, em que, discutindo os rumos do nosso País, os três Senadores do nosso Estado concordaram, em primeiro lugar, com a necessidade da reeleição do nosso Presidente Lula, pela importância do trabalho que vêm sendo feito e que ainda tem por fazer. Eles trabalham no rumo de criar uma grande unidade no nosso País, tendo, por exemplo, a possibilidade do PMDB como candidato à Vice-Presidência da República, em que é cogitado o nome do Senador Pedro Simon para ser o Vice-Presidente de Lula em 2006. Nesse caso caberia ao PMDB a vaga a Senador, e, entre o PTB e o PT, a vaga a Governador e Vice-Governador.

E outros cenários também são debatidos, com a possibilidade de outros nomes comporem. Por que nós consideramos importante? Isso vem no bojo, Ver. Gerson Almeida, também de manifestações similares do ex-Presidente Sarney, do ex-Governador Quércia.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Haroldo de Souza.)

 

O SR. RAUL CARRION: Eu esclareço ao Ver. Haroldo que tenho dez minutos, porque estamos em Grande Expediente. Lamento que V. Exª tenha alguma objeção a que este Vereador permaneça falando.

Então, há manifestações de diversos políticos desse campo que apontam a necessidade, para que se avance num Projeto alternativo para o Brasil, de termos uma conjunção de forças democráticas e progressistas, do campo de esquerda, do campo de centro, que incluem, certamente, PMDB, PDT, PTB, PPS e tantos outros. Por isso a nossa satisfação com essas negociações que têm avançado. E, certamente, Verª Neuza, eu tenho certeza de que também o PDT cerrará fileiras na continuidade da busca de um novo projeto alternativo, que precisa reunir muitas forças, senão não teremos como combater o imperialismo e os seus aliados internos aqui.

Queria também fazer referência ao encaminhamento que fizemos junto ao DEP, já no dia 31. Eu peço à assessoria da minha Bancada as fotos que foram tiradas, para que eu possa apresentar da tribuna. (Pausa.) Então, nós estivemos nas comunidades da Vila Têmis, no bairro Quintana, Beco do Resvalo, Parque das Orquídeas, onde nos relataram problemas sérios que ocorrem no Valão Sete Mártires, pois o esgoto está quebrado nessas vilas. Fizemos um contato com o responsável do DEP, enviamos um Ofício ao responsável pelas relações comunitárias, Sr. Pancinha. E, depois disso, tomamos conhecimento de que o DEP, unicamente, enviou, Ver. Dib, um fiscal até o local, que olhou o valão, constatou o problema e foi embora.

Ontem à noite, tivemos uma reunião na comunidade, onde nos manifestaram a sua preocupação devido à questão do período de chuvas. Peço que a televisão mostre a situação em que se encontra o Valão dos Sete Mártires. (Mostra a fotografia.)

 É preciso, Ver. Bernardino, que é da base de apoio do Governo, que o DEP não só se faça presente lá - Verª Clênia Maranhão, eu vou lhe deixar cópia do Ofício que encaminhamos - como também tome providências para que essa situação, diante das chuvas que devem aumentar, seja solucionada e para que a comunidade possa ter condições adequadas. As informações que existem são de risco de leptospirose, grande acúmulo de sujeira, etc.

Nós não estamos solicitando, evidentemente, uma obra maior, mas uma obra de manutenção, Ver. Todeschini. Aqui, nós temos, por exemplo, o esgoto que está quebrado no Parque das Orquídeas. (Mostra fotografia.)

Nós estamos encaminhando um novo documento, agora, oficialmente pela Casa, ao Sr. Ernesto Teixeira, Diretor-Geral do DEP, solicitando a solução do problema. Então, Rua Tupilas, 96; Valão Sete Martes; Rua D, nº 183; Rua D, nº 59; Rua C, nº 50. Esperamos que, com esse encaminhamento, estejamos colaborando com a nova Administração para que esses problemas de manutenção sejam resolvidos. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Suspendemos a presente Sessão e convidamos o Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Ver. Ibsen Pinheiro, para que faça a reunião conjunta das Comissões com vista a discutir e deliberar sobre dois Pareceres. Estão suspensos os trabalhos da presente Sessão.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h05min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 18h58min): Estão reabertos os trabalhos. Cumprimento os Vereadores integrantes das Comissões pelo esforço na discussão e deliberação das matérias.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, peço a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu já havia solicitado uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Eu retiro o pedido, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Retirado o pedido.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, que direi eu à juventude desta Cidade? Que direi eu àqueles jovens que acompanharam a votação do Projeto que criou a Secretaria da Juventude e àqueles que fizeram emendas e saíram do plenário? Que direi eu para a população, quando o relógio nos diz que são 19h05min e esta Casa apenas votou um Parecer? Votou um Parecer, discutiu tudo o que não precisava ser discutido no Parecer e votou um Parecer equivocado ao final, porque, em vez de buscarem solução, buscaram promoção. Sim, buscaram promoção! Discutiram tudo, menos o que deveria ser discutido.

Se tivéssemos feito o que deveria nas Comissões em que nós realmente exercitamos o nosso trabalho e os nossos votos, talvez tivéssemos votado 10, 15 ou 20 processos em meia hora. Hoje, celeremente, alguns saíram - e eu avisei da tribuna que estavam saindo -, mas estão todos de volta agora, sorridentes, porque não se conseguiu votar; porque não se defendeu o interesse da juventude, nem da Cidade.

O que é que eu vou dizer para a juventude? Será que eram eles tão sábios que na segunda-feira não sabiam o que estava acontecendo? Iam votar tranqüilamente, mas agora, como podemos criar um pouco de problema para o Governo que aí está, como podemos dizer que o Governo não se movimenta, nós não votamos, e aí fica mais fácil. Mas o que eu vou dizer para a juventude que acreditava que aqui era a Casa do Povo, que aqui ela estava representada, que aqui ela encontraria soluções? O que eu vou dizer para eles? Que a juventude não votou? Que a juventude saiu do plenário? Será que não temos competência para analisar um crédito adicional com abertura de recursos num decreto? Eu acho que não temos, acho que nós duvidamos de nós mesmos, por isso, lá na rua - e hoje respondi a um questionário aqui -, falam muito bem dos políticos.

Eu, por exemplo, pedi que reduzissem a verba no meu gabinete; ninguém me deu resposta, ninguém falou nada, mas a bimestralidade dos servidores está ameaçada. Vamos reduzir a verba de gabinete! Vamos trabalhar mais, vamos gastar menos! Não, mas nós não temos tempo de trabalhar, nós precisamos ficar no plenário, fazer a nossa aparição no Canal 16, e provavelmente vão dizer: “Olha como eles trabalham!” Mas será que eles são tolos? Será que eles não vêem que nós temos retirado o quórum todos os dias? Que não votamos a não ser Requerimentos idiotas, Sessões Solenes - e brigam por Sessões Solenes, por leis criando Sessões Solenes, quando já existe lei fazendo a mesma coisa!

O que eu vou dizer para a juventude que me entrevistou hoje?! Que nós não trabalhamos, mas recebemos o dinheiro no final do mês, temos verba de gabinete! E o que vou dizer para a juventude? Por que não votaram? Onde está a capacidade do Vereador, que, em primeiro lugar, é fiscal e depois faz leis?! Será que nós não sabemos fiscalizar? É isso o que eu tenho que dizer para a juventude? Eu acho que a juventude não vai dormir bem pela capacidade de trabalho dos heróicos 36 - agora são 36 - Vereadores que não puderam chegar à conclusão num Projeto com Parecer tão simples. A juventude pode, no entanto, acreditar: ainda há alguém - há muitos até - que se preocupa com vocês; vocês não estão completamente abandonados. Não são interesses político-partidários que vão nos fazer cometer equívocos! Nós vamos nos preocupar com vocês, sim. Ainda dentro desta Casa há gente que se preocupa com vocês! Não está tudo perdido! Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos anunciar a presença do Secretário Municipal de Segurança, Sr. Kevin Krieger, bem como do Ver. Ricardo Maciel, de Canoas, do PTB.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público do Canal 16 que nos assiste neste momento, eu trago à tribuna um assunto que transcorreu no almoço da Federasul, no dia 13 de abril, em que as posições apresentadas reiteradas vezes pelo Sr. Paulo Afonso Feijó, Presidente da Federasul, são por nós consideradas verdadeiros insultos, como ataques inaceitáveis, inadmissíveis, de uma pessoa extremista que, para além da divergência política, atinge a honra, a ética e a moral de todos. Nós não aceitamos os adjetivos qualificativos proclamados, expressados, ditos ontem, por ocasião da palestra que o Prefeito José Fogaça foi convidado a fazer na Federasul. Aliás, por reiteradas vezes, essa pessoa tem feito as mesmas coisas. Fez isso quando esteve presente na Federasul o Presidente Lula; fez isso quando lá esteve o Governador Olívio Dutra e fez isso quando também lá esteve o candidato Raul Pont. São atitudes indefensáveis, atitudes extremadas, inaceitáveis para quem vive numa democracia.

Portanto, nós vimos aqui manifestar o repúdio e dizer de maneira muito contundente que não aceitamos, porque isso demonstra posições de pessoas que não conseguem conviver com a democracia, que não conseguem conviver com a pluralidade, de pessoas que não aceitam a divergência e outras opiniões. Ele fez, mais uma vez, acusações de forma caluniosa, com comentários levianos, mentirosos. Por isso o nosso repúdio.

O nosso Partido lá estava representado pelo Ver. Adeli Sell, que já fez uma nota em manifestação, repudiando essas atitudes. Espero que todas as pessoas que sabem conviver na democracia, que sabem conviver com a diferença, também tenham a mesma atitude. Dizia-me a Verª Clênia Maranhão que deixou em constrangimento o Prefeito Fogaça, que também não concorda com as atitudes e com aquilo que foi dito. Confirma-me a Verª Clênia - obrigado, Vereadora - que são atitudes intolerantes, inaceitáveis por alguém de visão e de postura conservadora e reacionária como essa pessoa que foi citada aqui.

Queria dizer também que estou muito preocupado, porque tive uma passagem de muita responsabilidade pela coordenação do Programa Socioambiental em Porto Alegre e quero dizer que não tem razão o Ver. Sebastião Melo, sobre o que ele diz aqui, que o BID refutou, que o BID descartou e negou o Projeto, porque isso não corresponde à verdade. Nós construímos esse Projeto com muito trabalho e com muito estudo, elaboramos toda a parte técnica durante os cinco anos, inclusive com participação de vários Vereadores desta Casa, questionando e levando o aperfeiçoamento do Projeto. Isso é muito importante.

O problema é que eu tenho visto e acompanhado a comunidade e o que tem sido dito é que o Projeto não tem condições de continuar porque ele foi errado. Isso não é verdade. Esse Projeto está com o problema da seguinte natureza: a pessoa que coordena, o Engenheiro Marins, foi sempre um opositor, contrário ao Projeto. Esse é o problema que está colocado, ele não tem a visão de um Projeto integrado, pois muito bem fala nesse assunto o Prefeito Fogaça e o atual Governo, que nós temos de ter projetos integrados que unam as Secretarias. Pois esse, junto com o Programa Entrada da Cidade, era um dos Projetos modelares, um dos Projetos-exemplo em que nós reuníamos várias Secretarias com a finalidade de resolver o problema habitacional, o problema ambiental, o problema dos alagamentos, o problema da construção dos parques, a recuperação das nascentes do arroio do Salso e a intervenção viária, que também configura uma nova situação para aquela região da Cidade, em especial, o Cristal, em que as 1600 famílias que aguardam por um reassentamento têm neste Projeto a única esperança.

Então, se há alguma coisa de errada são os condutores do Projeto e a política do novo Governo que, talvez, não entenderam e não saibam o que fazer com o que receberam. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. MARIO FRAGA (Requerimento): Sr. Presidente, eu havia pedido verificação de quórum antes. Como o Ver. Carlos Todeschini e o Ver. João Antonio Dib já se haviam inscrito, eu respeitei, mas peço verificação de quórum neste momento.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Mario Fraga, quero informar a V. Exª que há um precedente na Casa que vem sendo observado: os Vereadores inscritos devem, de acordo com o precedente, ser preservados. Está inscrito o Ver. José Ismael Heinen e a Verª Manuela d’Ávila. Então, será após esses oradores...

 

(Manifestação anti-regimental do Ver. Mario Fraga.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não, mas agora eu não deferiria a questão a V. Exª, porque há um precedente na Casa que vem sendo observado. E eu gostaria de observar, até para não cometer...

 

O SR. MARIO FRAGA: Vereador-Presidente, eu sou obrigado a lhe colocar em um constrangimento: nós combinamos que os dois Vereadores iam falar? Sim ou não, Vereador-Presidente? Eu ia respeitar os dois Vereadores que estavam inscritos naquele momento, Sr. Presidente, sim ou não?

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sim, mas V. Exª pediu e depois desistiu. Então, eu vou assegurar as duas inscrições aqui e vou submeter o Requerimento de Vossa Excelência. O Ver. Mário Fraga faz um Requerimento, e eu vou apenas cumprir para manterem-se aqui os precedentes que vêm sendo feitos nesta Casa.

O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo. Sr. Presidente desta Casa, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, representantes da imprensa, da TVCâmara, senhoras e senhores aqui presentes: por uma questão de justiça, eu quero dizer, para deixar registrado nos Anais desta Casa, que no dia 9 de abril, Sr. Presidente, foi entregue mais um prédio, mais um edifício pertencente à Cooperativa Habitacional Geraldo Santana para 24 novos moradores, para 24 novos tetos, diminuindo esse grande déficit habitacional da nossa Cidade. Trata-se de uma Cooperativa com um diferencial em referência às demais cooperativas. É um Cooperativa auto-suficiente sob os aspectos financeiros, públicos, bem como em relação à sua autogestão. Essa Cooperativa foi fundada em 1955 e, devido à credibilidade do próprio sistema, deu certo.

Nós convidamos diversos Srs. Vereadores, Líderes de Bancada e tivemos a felicidade da presença, no dia da entrega de mais esse edifício, do Sr. Luiz Severo, representando o Sr. Prefeito Municipal e o DEMHAB; do General Longo, Comandante da 3ª Região Militar; do Ver. Ervino Besson, representando a Frente Parlamentar de Cooperativismo e demais autoridades que viram in loco a entrega de 24 chaves a 24 novas donas de casa, donas de moradia naquela oportunidade.

Eu quero registrar, também, que essa Cooperativa emprega 50 funcionários, 50 empregos diretos. É uma Cooperativa que não tem um centavo de empréstimo financeiro de qualquer banco, sistema financeiro. Cumpre rigorosamente a lei cooperativa, sem benesse oficial nenhuma. Esse registro eu faço questão de deixar para todos aqueles que se preocupam com o problema habitacional da nossa Cidade. Quero deixar registrados os parabéns à Diretoria dessa Cooperativa no nome do seu Presidente, Sr. Leão Serrano de Oliveira Brito, que tem a sua história no cooperativismo deste Estado, fundador do Inocoop, no tempo do Banco Nacional de Habitação; ao Sr. Luiz Carlos Alquat, Diretor Financeiro, que pereceu num acidente automobilístico há um mês, juntamente com a sua esposa e a sua sogra; ao Sr. Freitas, Diretor Administrativo; aos profissionais do Departamento de Engenharia, Engenheiro Éverton André, Engenheiro Alexandre Brito; ao Tenente Fagundes, do Departamento de Compras; eu estou citando os componentes da Cooperativa, para mostrar aos senhores que todos eles são cooperativados.

Eu acredito muito no sistema cooperativo para a nossa própria Cidade. Fazendo parte da Comissão de Urbanismo e Habitação, verifica-se que a demanda reprimida de habitação em Porto Alegre, principalmente pessoas de baixa renda, é uma coisa desvairada, que nos preocupa muito; os movimentos dos grileiros, contrapondo-se àqueles que realmente buscam uma moradia justa. Talvez seja o cooperativismo junto da governança solidária uma parceria necessária para que possamos eliminar esse déficit ao menor porte possível. Costumo dizer que o cooperativismo é a política de inclusão social que mais se aproxima da política, da filosofia das sociais democracias de hoje.

Deixo os nossos parabéns aos idealistas, aos que deram credibilidade a essa Cooperativa, aos que tiveram vontade política e ação para fazer essa cooperativa, já que o cooperativismo gera emprego sem que o Poder Público necessite investir um centavo.

Então, temos que olhar com carinho os projetos cooperativos que estão tramitando nesta Casa: um do companheiro Mário Fraga e outro deste Vereador. Juntamente com outros projetos que podem vir a esta Casa, talvez possamos criar uma frente diferenciada para o cooperativismo, porque é uma filosofia diferenciada.

Gostaria de deixar esse registro, Sr. Presidente; muito obrigado pela atenção dos Srs. Vereadores e das Sras Vereadoras.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, primeiramente, ao longo do dia, eu havia pensado em usar o meu tempo de Liderança, Ver. Dib, para comentar uma iniciativa muito positiva que vários Vereadores de diversas Bancadas desta Câmara em conjunto com o Secretário Cecchin, da SMIC, tiveram ontem ao propor a negociação entre bares, moradores, freqüentadores, empregados dos bares da nossa querida Cidade Baixa. Uma iniciativa que vai resultar em um seminário nesta Câmara no dia 29 deste mês, às 19 horas, no Plenário Ana Terra, o nosso Plenarinho. Acredito que seja o momento em que vamos conseguir distensionar ânimos, incluindo e desenvolvendo evidentemente essa ação em conjunto com o Ministério Público, que cumpre o seu papel de executar uma ação civil pública e de fazer a lei ser cumprida.

O Ver. Ervino Besson, a Verª Maristela Meneghetti, a Verª Maristela Maffei e outros Vereadores se fizeram presentes lá nesse debate, e acredito que vá ser bastante positivo, porque nós vamos reiniciar um debate tentando - nós que nos dispusemos e os outros tantos que se dispuserem - distensionar os ânimos; rever mesmo o Decreto, a existência do Decreto, as condições que impõe, vamos reaveriguar essa situação.

No dia de hoje nós tivemos uma série de movimentações neste plenário. Eu sou muito nova, tanto de idade quanto de Câmara de Vereadores, sou a mais nova Vereadora desta Câmara em idade, sou de uma turma que assume seu primeiro mandato neste ano. Aliás, eu costumo brincar que gosto mais de ser Vereadora do que acreditei que ia gostar, porque para mim a nossa atividade não se desenvolve só aqui dentro. Desenvolve-se sobretudo fora daqui, quando vamos ouvir a população de Porto Alegre, quando vamos construir Projetos de Lei que essa população almeja, quando vamos olhar o que realmente necessita ser fiscalizado, caminhando pela nossa Cidade, observando a vida dos porto-alegrenses e das porto-alegrenses. Portanto, sou uma das tantas, ou dos tantos, que está tranqüila, em plena tranqüilidade de consciência, com relação ao trabalho que desempenha.

Mas sempre questionei e ontem, inclusive, dia 13 de abril, questionava-me justamente a respeito de o quorum deste plenário, às 16 horas, ter sido retirado. Porque nós temos as obrigações internas nesta Câmara também e devemos cumpri-las. Agora, o que aconteceu hoje neste plenário não pode, em momento nenhum, meu querido Ver. Dib, ser atribuído à Bancada do Partido Comunista do Brasil, à Bancada do Partido dos Trabalhadores, à nossa Bancada de oposição, porque nós sempre nos esforçamos muito, e eu me considero, com toda a falta de humildade necessária, uma das Vereadoras que ajudaram e contribuíram muito para a criação da Secretaria da Juventude no dia 20 de janeiro. Recordo-me que foi no 20 de janeiro, porque faltei ao aniversário de 80 anos de minha avó para articular as Emendas. Então, nós trabalhamos para a aprovação desta Secretaria, inclusive era aniversário da Verª Maria Celeste também, nós cantamos o “Parabéns a Você” às 20 horas aqui dentro.

Agora, em relação ao que aconteceu hoje aqui, na minha opinião... E a minha atuação se deu justamente porque queremos que a Secretaria tenha o recurso, sempre conversamos sobre isso. A Secretaria está instalada no prédio da SMIC, fui informada hoje pelo Partido do Secretário. Agora, o que nós queremos é poder fiscalizar esse recurso, saber de onde esse recurso vai sair. Por exemplo: eu gostaria de saber se o Secretário Mauro Zacher já organizou ou já averiguou quais são os projetos de juventude que existem na cidade de Porto Alegre, como averiguou do Projeto Remar, para trazer esses projetos para a sua Secretaria; há essa sistematização? Foi buscado saber quais são os projetos e em quais Secretarias estão? Porque, se já foi feito, em três meses de trabalho, nós temos o direito de saber.

E eu, Ver. João Dib, sinto-me cumprindo o meu dever, para poder fiscalizar essa Secretaria e contribuir para o seu funcionamento, porque tive divergências históricas com o Secretário Mauro Zacher, mas compreendo a necessidade das políticas públicas para o nosso Município. Por isso, queremos contribuir de fato para que essa Secretaria funcione, inclusive fiscalizando as ações que podem e que devem, na nossa opinião, ser feitas por esse Secretário, por essa Secretaria e pelo conjunto da juventude de Porto Alegre, que espera e luta todos os dias, em todos os espaços, para que essas políticas de fato existam e de fato contemplem a nossa juventude. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 19h24min.)

 

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